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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Compulsão Alimentar


Olá pessoal!!
Dei uma entrevista para um aluno da FACOM sobre compulsão alimentar, achei o assunto bem interessante, por isso vou postar aqui para vocês!!
                             
1- Quais os riscos para a saúde e para o corpo que a compulsividade por comida pode acabar acarretando?
Nutricionista Osiane: Além dessas pessoas ficarem com sentimento de culpa, após o episódio de compulsão, ganham peso podendo ficarem obesos, adquirir diabetes tipo 2, além de prejudicar o funcionamento do intestino.


2- Quais os alimentos mais procurados por quem esteja enfrentando problemas como ansiedade? Existem opções de substituição menos calórica?
Nutricionista Osiane: Isso geralmente acontece com alimentos palatáveis, com alta densidade energética, ricos em gorduras, açúcar e farinha branca. Como por exemplo chocolates, pães e biscoitos. Na verdade são aqueles alimentos de fácil acesso, que não demandam tempo de preparo. O ideal é substituir esses alimentos por frutas, iogurtes, chup chup de frutas. O ideal é deixar frutas higienizadas, cortadas para facilitar o acesso.


3- Em casos como este, quais as orientações você costuma dar para pessoas que te pedem ajuda?
Nutricionista Osiane: Oriento para meus pacientes o seguinte: Quando der vontade de comer um brigadeiro, mentalizar se comer uma maçã em substituição resolveria. Se não...isso não é fome é compulsão. Outra dica que dou é pegar um pedaço de torta e cortar ao meio, comer somente metade (é difícil, mas tem que tentar), depois levantar respirar bem fundo, passando alguns minutinhos, aquela vontade de comer a torta toda vai passando, e a própria pessoa vai entendendo que não precisava comer tanto. 
Tentar comer de 3 em 3 horas, beber água, evitar beliscos, ocupar a mente com outras coisas, como por exemplo fazer atividade física.
Abraços!!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Acelerar metabolismo


Olá pessoal!
Hoje vou falar sobre alimentos que aceleram metabolismo!
Mas o que é metabolismo?
Metabolismo é a capacidade do seu corpo queimar calorias. Quanto mais elevado sua taxa metabólica, mais caloria o corpo queima ao longo do dia.
Existem alguns fatores que influenciam como: sexo, idade, genética, peso e composição corporal

Um exemplo de genética: Você já deve ter notado alguém que come muito e não engorda, e também já deve ter observado pessoas que comem pouco e tem facilidade de engordar.

Um exemplo de sexo: Os homens tem mais facilidade de emagrecer do que as mulheres, isso se explica pelo fato deles possuírem mais massa muscular, com isso o metabolismo masculino é mais acelerado e queimam calorias mais rápido.

Um último exemplo é a idade: A partir de 30 anos seu metabolismo não será mais o mesmo, a tendência é diminuir a cada 10 anos.

Mas você que tem metabolismo lento não se preocupe, hoje vou apresentar alimentos que você irá incluir na sua dieta "equilibrada".

Mas atenção: Existem contra indicações para alguns desses alimentos. Pessoas com hipertireoidismo, hipertensas, crianças, gestantes, pessoas com úlceras, enxaquecas e alergias, não devem consumir esses alimentos. Por isso sempre falo, da importância de um acompanhamento com um profissional nutricionista.

Agora vamos aos 10 alimentos que indico para acelerar o metabolismo, são os alimentos termogênicos(fazem nosso corpo gastar mais energia):

1- Proteína ( Carnes magras, Ovos e Peixes. Por ser um nutriente de difícil digestão, exige mais do seu corpo para quebrá-la)
2- Chá Verde ( Pode tomar durante o dia ou acrescentar em sucos)
3- Gengibre ( Pode colocar no suco)
4- Canela ( pode jogar por cima de frutas)
5- Pimenta Vermelha ( 3 gramas aumenta 20% do metabolismo)
6- Alimentos ricos em Ômega 3 ( Salmão, Atum, Oleaginosas: castanhas e amêndoas)
7- Óleo de Coco (Ideal para quem pratica atividade física)
8- Vinagre de maçã
9- Chá de Hibiscos ( Pode tomar durante o dia)
10-Beber muita água ( Tomar pelo menos 2 litros por dia, gelada se possível)


Agora vou deixar uma receita de um suco termogênico para vocês:


250 ml de chá verde (feito da própria planta)
01 Maçã vermelha com casca sem semente
01 Fatia fina de Abacaxi
01 Pedaço pequeno de Gengibre (1/4)
01 Colher de sopa de Suco de Limão
02 ou 03 folhas de Hortelã

Modo de Preparo:
Fazer o chá verde, deixa esfriar. Bater todos ingrediente junto com o chá


Outra dica:

Tomar em jejum antes do seu café da manhã:
Água Gelada com suco de 1 limão espremido


Para finalizar:
É muito importante uma boa noite de sono, não pular o café da manhã , comer de 3 em 3 horas e fazer atividade física.

Atenção: Se você tem metabolismo lento, procure um profissional para fazer uma avaliação bioquímica, pois existem doenças associadas como o funcionamento da tireoide.

Espero que tenham gostado!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Lançamento do meu canal no You Tube

Boa tarde pessoal!!
Super feliz com lançamento do meu canal no You Tube. Foi criado com muito carinho, estarei postando vídeo toda semana, levando até vocês dicas nutricionais. Amo muito minha profissão e sei que posso ajudar muito o próximo, com dicas para uma vida mais saudável. Por isso me sinto tão realizada no que faço!
Acessem o vídeo!! 
Abraços

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Alimentação para Gestantes

Bom diaaaaaa!!!!

Hoje vou falar sobre alimentação para gestantes!
Amo falar sobre esse assunto, pois além do profissionalismo, tive o prazer de viver esse momento, na minha opinião a gestação é um milagre divino, momento lindo da mulher, sensação maravilhosa,  poderia falar aqui o dia inteiro e ainda não conseguiria expressar o quão é abençoado esse momento e encantador. 

Enfim: A mulher deve se cuidar, praticar exercícios (que não promovam grandes impactos - se o médico liberar) e ter uma boa alimentação, de forma que seja 9 meses saudáveis. 

Alimentos que devem ser consumidos:

Carboidratos: É o fornecedor de energia para o corpo e importante no desenvolvimento do bebê. Fontes: Pães, biscoitos, macarrão, arroz, etc. Os integrais são as melhores opções

Proteínas: São construtoras e promovem o crescimento do útero, da placenta, das mamas e do desenvolvimento dos tecidos do bebê. Alimentos ricos em proteínas: Carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados, feijão, ervilha e grão de bico

Cálcio: Importante na formação óssea e dentária do feto. Fontes: Leite, queijo, iogurte, etc

Ácido Fólico: Essa Vitamina é importante na formação do tubo neural do feto. Sua deficiência influencia na má formação do feto. Além da suplementação é encontrada no brócolis, aspargo, espinafre repolho, feijão, etc.

Ferro: Reduz o risco de morte materna no parto, reduz o risco de nascer bebês prematuros e com baixo peso. Melhora a aprendizagem da criança, melhora resistência às infecções. É encontrado em carne, peixe, frango, ovo, verduras verde escuro(acompanhado de vitamina C para melhorar absorção)

Vitamina A: Importante para o crescimento e desenvolvimento do feto. Encontrada na cenoura, mamão, abóbora,manga, etc

Vitamina C: Melhora absorção de Ferro, elimina radicais livres.  Sua deficiência está relacionado à pré-eclâmpsia , ao rompimento prematuro da bolsa e parto prematuro. Fonte: Acerola, laranja, kiwi, morango, etc

Vitamina D: Fundamental para fixação do cálcio nos ossos. Fonte: Leite, gema de ovo e Fígado (consumir uma vez por semana)

Água: É muito importante o consumo de água,  na produção de leite e prevenindo estrias. Quantidade ideal é o Peso X 40

Atenção: O que a mamãe come passa o sabor para o filho. A criança terá preferência pelo alimento que a mamãe mais ingeriu durante a gestação. Então se a gestante come alimentos ricos em vitaminas e minerais terá um filho com preferência para estes alimentos.  Agora se ingerir alimentos ricos em gorduras e açúcares, seu filho terá paladar aguçado por estes.


Alimentos que devem ser evitados:

Carnes cruas mal passadas/ cozidas: Podem transmitir bactérias

Legumes, frutas e legumes crus mal higienizados podem ser fontes de transmissão de toxoplasmose. Evite comer fora de casa

Adoçante:  Somente para gestante com diabetes sendo o mais indicado STÉVIA.

Chás: É contra indicado o uso durante a gestação por conter cafeína ou por estimularem contrações uterinas.Chás que não devem ser consumidos: Chá verde, chá vermelho, chá mate, chá de canela, chá de cravo da Índia, chá de alecrim, chá branco, chá vermelho, chá amarelo

Ovos Crus: Podendo transmitir a bactéria salmonela, causando vômito e diarreia. Cuidado com maionese, sorvete e molho caseiro

Cafeína: Presente no café, chocolate, refrigerante achocolatado. Prejudica a saúde do bebê

Outros:  Álcool, cigarros e medicamentos sem orientação médica


Sintomas que podem ocorrer na gravidez:


1-Náuseas e Vômitos:
Situações comuns no primeiro trimestre, mas as mamães não precisam se preocupar, pois a sua condição nutricional anterior à gravidez é que vai ter maior impacto na formação e desenvolvimento do feto, e não a quantidade de nutriente que ela está ingerindo nessa fase.


Como amenizar essa situação?
Refeições pequenas e mais frequentes (a cada 2 horas)
Evite alimentos com cheiros fortes e com muita gordura
No momento de enjôo prefira alimentos na temperatura fria
Evite líquidos junto com a refeição
Para aliviar faça um suco de maçã
Alimentos em forma de purê
Consumir pedacinhos de gengibre ou bolos e biscoitos que contenham para diminuir os sintomas

2-Azia:
Acontece principalmente no final da gravidez, quando o bebê está muito maior, que já está empurrando muito o estômago, diminuindo o tamanho que estômago antes tinha, o conteúdo é forçado a sair.

Como reduzir esse sintoma?
Fazer refeições pequenas
Evitar molhos (mostarda, maionese, molho de tomate)
Evitar alimentos fritos
Não beber durante refeição
Colocar um calço em baixo dos pés da cama, fazendo com que fique mais elevada na cabeceira
Não deitar logo após a refeição
Evitar sopa
Procura torrada, biscoito água e sal (vai empurrar o conteúdo que está ácido de volta para o estômago

3- Prisão de ventre:
Beber bastante líquido, vegetais crus, frutas com cascas, arroz, macarrão, e pão integrais.
Evitar banana, pão branco e farofa

4- Edemas e elevação de pressão:
Reduzir o consumo de sal, embutidos, enlatados, produtos light e temperos prontos


Conclusão:
Mantenha uma alimentação variada, rica em frutas e vegetais: ajuda a gestante a conseguir um bom aporte de vitaminas e minerais
Cuidado com o sal
Não abuse de alimentos ricos em açúcar, contribuem para o ganho de peso e o excesso de peso pode trazer diversos problemas para a gestantes, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia (hipertensão gestacional)
Tomar bastante água
Higienizar os alimentos que forem consumir crus
Obrigada!!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Nutrição Estética


A nutrição aplicada à Estética tem alcançado cada vez mais seu espaço. A alimentação pode sim atuar como prevenção de alguma desordem estética. Lembrando que tudo começa com uma inflamação ou radicais livres liberados em seu corpo e depois o resultado é: celulite, envelhecimento cutâneo, queda de cabelo....Enfim o tratamento começa de dentro para fora, muitos pensam que somente cuidar do exterior funciona, mas é um conjunto, você tem que limpar seu corpo por dentro enquanto trata ele por fora.
Vou deixar algumas dicas para vocês:

Para bloquear inflamações no organismo: Usar e abusar do alho e da cebola.

Ação antienvelhecimento: Consumir mais tomate (quanto mais maduro e concentrado melhor).

Combate ao envelhecimento cutâneo: Ingerir mais vegetais verdes, de preferência os mais verde-escuros possíveis (cor mais intensa), e quanto mais crus melhor, para evitar a destruição da vitamina C pelo calor.

Aumentar imunidade, diminuir sintomas de menopausa e ativação de colágeno: Consumir mais soja.

Acelerar o trânsito intestinal estimulando eliminação de toxinas: Comer cinco ou mais porções frutas e verduras, de diferentes espécies e cores todos os dias.

Auxílio na redução de colesterol  e perda de peso: Tomar mais chá verde.
Estimuladores de colágeno: Consumir mais frutas cítricas (laranja, limão, kiwi, morango, uva, acerola...).

Fortalecimento de cabelo e unha: Consumir repolho, couve, couve-flor, nabo e brócolis.

Combater celulite: Reduzir consumo de açúcar e sal, evitar farinhas refinadas e consumo de café.


Como disse anteriormente, é um conjunto de ações!
Vou deixar aqui para vocês uma receitinha fácil para hidratação da pele!

Máscara de iogurte indicada para peles ressecadas e desvitalizadas:

1 copo de iogurte natural desnatado
1 colher (de sopa) de mel

Modo de preparo: 
Misture o mel no iogurte e aplique com movimentos circulares.
Deixe agir por 15 minutos e retire com água fria. Aplique uma vez por semana
                                                    

Boa semana para todos!!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Ômega 3

Boa tarde pessoal!
Hoje vou falar do ômega 3, ele não fica de fora das minhas dietas, acho ele maravilhoso, por isso montei esse post com todo carinho, espero que enriqueça mais ainda o conhecimento de vocês, meu objetivo é proporcionar um maior entendimento da importância dos alimentos!

 Existem 2 tipos de gorduras essenciais que nosso corpo não consegue sintetizar, são gorduras predominantemente poliinsaturadas:
1-Ácido linoléico(LA): Ômega 6              2- Ácido alfa-linolênico(ALA): Ômega 3 

O que ocorre em nosso organismo? 
1-O ácido linoléico (LA), por sua vez, converte-se em ácido araquidônico (AA).
2-O ácido alfa-linolênico (ALA) pode ser convertido em ácido eicosapentanóico (EPA) e ácido decosahexanóico (DHA).

Os ácidos graxos polinsaturados AA, EPA e DHA, produtos da conversão dos essenciais ALA e LA, por sua vez, convertem-se em metabólitos com efeitos biológicos distintos.

Assim, os ácidos graxos EPA e DHA, produtos da conversão do ácido graxo alfa-linolênico (ômega 3), inibe a conversão do ácido linoléico (ômega 6) a ácido araquidônico. Dessa forma, os ácidos graxos ômega 3 exercem um efeito protetor, impedindo efeitos nocivos, entre eles os de promover a proliferação celular em linhagens cancerígenas, invasividade e metástase do tumor.
Apesar de não haver um consenso em qual deve ser a relação "perfeita" entre o consumo de ômega 6 e ômega 3, essa relação fica entre 2:1 a 4:1, no entanto para os brasileiros essa relação fica geralmente em torno de 15-20:1, indicando que consumimos muito ômega 6 e pouco ômega 3. Por isso é muito importante ficar atento(a) nos alimento ricos em ômega 3 e começar a consumi-los.

Quais são esses alimentos?

  •  Peixes, especialmente os de águas frias e profundas: Salmão, sardinha, atum e arenque.
  • Semente ou óleo de linhaça
  • Semente de chia
  •  Nozes
  • Castanha do Brasil
  •  Vegetais verde escuros (couve, espinafre e rúcula)
Ingerir peixes pelo menos duas vezes por semana, duas castanhas do Brasil ou nozes, e uma colher de sopa de chia ou linhaça diariamente.

Benefícios do ômega3:

  • Reduz colesterol
  • Reduz risco de doenças cardiovasculares
  • Regula a pressão arterial
  • Melhora funcionamento do cérebro (melhora a memória)
  • Combate doenças inflamatórias
  • Combate obesidade
  • Melhora rendimento de atletas de alta competição
  • Ajuda no combate à diabetes
  • Prevenção e tratamento de câncer e osteoporose.
Existe também suplementação de ômega 3, porém deve ser livre de mercúrio e metais pesados. Estudos revelam que para manutenção de saúde deve ser consumido 0,5 a 1 grama por dia. Mas sempre sob orientação do nutricionista ou nutrólogo.
Atenção: Excesso de ômega 3 pode causar hemorragia, câncer de próstata, cirrose hepática e aumentar níveis de triglicerídeos no sangue.

Referência:
BARBOSA, K. B. F.; VOLP, A. C. P.; RENHE, I. R. T.; STRINGHETA, P. C. Omega-3 and 6 fatty acids and implications on human health. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr. = J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, v. 32, n. 2, p. 129-145, ago. 2007.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

MINHA MONOGRAFIA VIROU ARTIGO CIENTÍFICO!

Boa tarde pessoal!
É com muita satisfação que coloco aqui no meu blog, minha monografia que virou artigo científico na revista Nutrição em Pauta!
É claro que com a ajuda dos meus Mestres: Elisa Grossi, Wanessa Aquino e Marco Melo!
Foi publicado em Agosto, mês passado!
Se você conhece alguma gestante ou alguém que ganhou neném recentemente, te faço o apelo de mostrar esse artigo, é de muita importância mesmo, você estará promovendo saúde para o próximo!


Papel do Nutricionista no Incentivo ao Aleitamento Materno como Forma de Prevenção de Casos de Obesidade

Nutritionist the role of encouraging the breastfeeding as a means of prevention of cases of obesity

Palavras -Chave: aleitamento materno, saúde da criança, nutrição na infância

Keywords: breast feeding, child health, child nutrition

Resumo

O aleitamento materno deve ser priorizado nos 6 primeiros meses de vida como prevenção de casos de obesidade futura. Devido a sua composição ser adequada para o metabolismo do infante e fornecer enzimas importantes na regulação da saciedade da criança. O nutricionista profissional responsável pela nutrição e bem estar da população deve atuar através de orientações sobre a importância da amamentação encorajando as mães a amamentar as crianças. Desta forma prevenindo casos de obesidade e outras doenças como também reduzindo gastos públicos futuros.

Abstract

Breastfeeding should be prioritized in the first 6 months of life as prevention of future obesity cases. Due to its composition is appropriate for the infant's metabolism and provide important enzymes in the regulation of satiety child. The professional nutritionist responsible for nutrition and well being of the population must act through guidance about the importance of breastfeeding encouraging mothers to breastfeed the children. In this way preventing cases of obesity and other diseases as well as reducing future public expenditure.

Introdução

A composição do leite materno é essencial para o desenvolvimento da criança como também, na redução de infecções. Estudos atuais tem demonstrado que previne obesidade na infância e na vida adulta através de sua  composição, pois atua regulando o metabolismo do infante (ALBERNAZ; VICTORA, 2003; BATTOCHIO; SANTOS; COELHO, 2003)
Porém existe uma preocupação de que o desejo de amamentar tenha se desgastado, e para contornar essa situação é necessário orientar as vantagens da amamentação na sociedade como escolas, posto de saúde e nas comunidades (VITOLO, 2008).
Cabe ao profissional de nutrição fazer um acompanhamento com a gestante explicando os benefícios do leite materno para a criança. Promovendo assim  uma vida mais saudável e com menos casos de obesidade (DAL BOSCO;  CONDE, 2013; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
Este artigo tem como objetivo expor as consequências do desmame precoce e sua relação com a obesidade. Demonstrando os benefícios da amamentação com ênfase no papel da nutrição como estimuladora deste hábito.

Metodologia

Foi realizado um levantamento de artigos e de livros publicados a partir de 1998 com as palavras chaves: Aleitamento materno, nutrição do lactente, amamentação, obesidade, alimentação complementar do lactente, desmame precoce. Foram utilizados os sites de pesquisa BVS, SCIELO, além de sites oficiais e manuais.

Resultados

No primeiro ano de vida da criança, o crescimento e o desenvolvimento são muito rápidos, até completar dois anos o estado nutricional da criança é reflexo da vida uterina e fatores ambientais. E justamente nesta fase é importante tomar muito cuidado com a alimentação, pois ela reflete por toda a vida da mesma (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2006; BALABAN et al., 2004; CORDEIRO et al., 2013).
O aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade, e continuar amamentando até os dois anos de idade juntamente com alimentação complementar, é fator importantíssimo para impedir doenças futuras. O leite materno além de ter menor índice de energia, tem menor quantidade de proteína, além de possuir alto nível de gordura que é muito importante para que o ganho de peso ocorra de maneira mais lenta (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2006).
A ingestão de gordura em quantidades adequadas é necessário para prevenir sobrepeso, pois estudos revelam que crianças que já foram desnutridas possuem deficiência na oxidação de gordura (lipólise), resultando assim no seu acúmulo, promovendo a obesidade (ARAUJO; BESERRA; CHAVES, 2006).
A amamentação envolve fatores fisiológicos, ambientais e emocionais, sendo que a produção de leite ocorre através da ação hormonal durante a gestação e é aumentada quando a amamentação é feita de forma correta. Esse período é cheio de informações para a mãe com crendices populares, que acabam influenciando de tal forma, que as orientações dos profissionais de saúde são deixadas de lado. O desmame precoce tem sido motivo de preocupação para os profissionais da área, em que apenas 6% das crianças brasileiras recebem leite materno exclusivo somente até 2 meses de vida (ICHISATO; SHIMO, 2001; VITOLO, 2008).

Estudos revelam que quando perguntam para as mães sobre o desmame precoce, elas alegam ter pouco leite’’, leite fraco’’ ou que o leite secou’’. Outros estudos mostram reclamações de fissuras no peito e rachaduras.  Acredita-se que as mulheres amamentam mais por tradição do que pelo conhecimento das  vantagens que o leite materno oferece (VITOLO, 2008).
Tem como vantagens diminuição de diarréia, otite média, infecção urinária, leucemia, obesidade, infecções respiratórias, diabetes insulinodependente e não-insulinodependente, hipercolesterolomia, doença de Hodgkin, asma, enterocolite necrosante. Crianças que são amamentadas tem melhor desempenho intelectual (VITOLO, 2008).
Segundo Susin et al.(1998), fizeram um estudo com 405 mães, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre e confirmaram que orientações dadas após o parto sobre a importância da amamentação, utilizando vídeos e folhetos enriqueceram o conhecimento das mães, e assim convencendo-as de amamentar, e confirmaram isso através de um questionário aplicado  alguns meses após o parto em seus lares. 
Outros estudos revelam que o ato de amamentar exclusivamente no peito durante os 6 primeiros meses é algo muito raro, tendo uma duração de 1,8 mês. E para completar é ofertado para a criança alimentos inadequados precocemente como leite de vaca, e sem contar a introdução de carboidratos simples no preparo da mamadeira, afetando assim a adiposidade do lactente gerando a obesidade (CORDEIRO et al., 2013).

O leite de vaca além de possuir excesso de  macronutrientes, possui altas concentrações de proteínas, que leva ao aumento dos níveis de IgF-1, resultando em um aumento rápido de peso na criança, já que esse hormônio desempenha papel semelhante à insulina,  ocorrendo uma resistência periférica à insulina o qual é adipogênica. Além de sobrecarregar os rins que ainda estão imaturos (CORDEIRO et al., 2013).
Já as fórmulas lácteas são hipercalóricas, elevando entre 15 a 20% do consumo energético da criança, mesmo em menor quantidade superando o leite materno nas calorias fornecidas.  Possui 1,6 a 1,8 vezes mais proteína por quilo de peso, quantidade excessiva, podendo aumentar a secreção de insulina, estimulando maior captação da mesma pela célula e inibindo a lipólise, trazendo assim como consequência aumento do tecido adiposo e desencadeando obesidade (NOVAES et al., 2007; ARAUJO; BESERRA; CHAVES, 2006).
Os alimentos pré-lácteos, comumente oferecidos aos bebês antes da amamentação, podem ocasionar lesões no intestino imaturo; o colostro acelera a maturação do epitélio intestinal e protege contra agentes patógenos[...]. (TOMA; REA, 2008).

Tabela 1. Conteúdo de nutriente do leite humano, das fórmulas lácteas e do leite de vaca por litro (MANN; TRUSWELL, 2009).
Fórmula
Nutriente
Leite humano maduro
A base de leite de vaca
A base de soja
Leite de transiçao
Leite de vaca com 3,3% de gordura
Energia Kcal
680
670
670
670
640
Proteína
10
15
19
17
32
Gordura(g)
39
36
37
33
36
Carboidrato(g)
72
72
69
79
48
Fonte: Nutrição Humana 2009 

Segundo  Araujo, Beserra e Chaves (2006) calcularam que 80% de crianças obesas serão adultos obesos. No decorrer da vida desencadearão transtornos metabólicos que resultarão no futuro em problemas metabólicos como: diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias e doenças cardiovasculares (infarto, embolia, aterosclerose, etc.). Também podem ocasionar como efeito colateral a apnéia do sono, problemas ortopédicos, distúrbios psicológicos e alguns tipos de cânceres, trazendo má qualidade de vida, gastos para os cofres públicos através de tratamento e internações. 
Assim, nomearam esse transtorno metabólico de “imprinting metabólico” e ocorre quando é introduzido alimentos precocemente em uma fase de desenvolvimento humano, produzindo efeito por toda vida, tornando o indivíduo mais predisposto à essas doenças  (ALBERNAZ; VICTORA, 2003).
Fatores bioativos estão envolvidos no leite materno como os hormônios insulina, T3 e T4, e leptina, que agem no hipotálamo proporcionando  saciedade e regulando o balanço energético do metabolismo. Entre estes fatores, destaca-se principalmente a leptina, que é responsável pela regulação e homeostase energética. A leptina atua no hipotálamo diminuindo o apetite e as vias anabólicas e estimula as catabólicas. Logo após sinaliza para o cérebro que a quantidade ingerida de alimentos já é o suficiente, reduzindo assim a fome (BALABAN; SILVA, 2004).

O consumo excessivo de carboidrato e proteína  podem não ser totalmente metabolizados acumulando em forma de gordura no tecido subcutâneo, produzindo células adiposas constituindo assim o tecido adiposo. A adipogênese tem seu início na fase intra- uterina e termina aos 7 anos. Depois desse período ocorre somente diminuição ou aumento dessas células, ou seja, ganha ou perde peso (BALABAN; SILVA, 2004).
Acredita-se que o indivíduo obeso, com um tecido adiposo excessivo, possua um ponto de ajuste mais elevado para o armazenamento de nutrientes e alcance da saciedade alimentar do que indivíduos com peso normal, promovendo assim um risco maior para uma hiperfagia e ganho de peso [...]. (ARAUJO; BESERRA; CHAVES, 2006).
Foi realizado no Centro Educacional Católico de Brasília (CECB) um estudo com 134 pré -escolares  entre três e cinco anos de idade, que fazem parte da classe média e alta. Foi encontrado sobrepeso  e obesidade em 23,8% (n=32) . As crianças que amamentaram  exclusivamente até o sexto mês apresentaram um total de 21,2% de casos de excesso de peso. Já as que amamentaram exclusivamente  até o segundo mês apresentaram  uma porcentagem maior de excesso de peso  26,7%. Observou-se também que quanto maior tempo de amamentação menor perímetro de cintura a criança apresentava. Com isso menor relação cintura/quadril reduzindo em 15% o risco de desenvolver obesidade. Isso demonstra que o aleitamento materno pode ser responsável pela distribuição de gordura corporal do infante (BALABAN et al.,  2004).

Outro estudo realizado em creches da prefeitura na cidade de Recife, com 409 crianças, apresentou que as crianças que amamentaram exclusivamente no peito 4 meses ou mais, tiveram menor índice de sobrepeso e obesidade (13,5%), já as que amamentaram exclusivamente tempo inferior à 4 meses, tiveram maior número de casos de excesso de peso (22,5%). Tal estudo não levou em consideração outros fatores que podem levar também o indivíduo à  obesidade como: peso ao nascer, atividade física e ingestão energética atual (MORAES; GIUGLIANO, 2011).
Um estudo realizado com 9.357 crianças de 5 a 6 anos na Alemanha, tiveram resultado positivo para crianças que receberam leite materno no mínimo 6 meses, reduzindo 30% casos de sobrepeso e 40% casos de obesidade (NOVAES et al., 2007). Esse mesmo autor avaliou 918 crianças na Alemanha, acompanhando a criança desde o nascimento até a criança completar 6 anos de idade, comprovou que o aleitamento materno até o sexto mês de vida como um ato de prevenção de sobrepeso e obesidade (NOVAES et al., 2007).

Atuação da Nutrição

Atualmente essas informações importantes não estão sendo divulgadas como deveriam, havendo uma necessidade de mudanças urgentes na atenção básica. Foi criado então a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que constitui uma equipe de saúde levando mais qualidade de vida à comunidade. Dessa forma é possível aumentar o cuidado nutricional para os pacientes do SUS, transmitindo informações para uma boa alimentação e nutrição, promovendo assim mais saúde de forma econômica, sustentável, eficiente e prevenindo doenças relacionada à nutrição (DAL BOSCO; CONDE, 2013).
Em 2008 foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), fazendo parte da equipe o profissional nutricionista (CFN, 2008). Podendo então o profissional atuar para promoção de saúde, incentivando o aleitamento materno como primeira prática alimentar, iniciando a alimentação complementar gradativamente, após 6 meses de idade. Essas orientações devem ser dadas com muita clareza, para não deixar dúvidas. A ENPACS (Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável) capacita os profissionais para transmitirem essas informações nas unidades básicas, tal ato que é de direito humano, que deve ser uma rotina no local, promovendo saúde para comunidade, proporcionando uma segurança alimentar (DAL BOSCO; CONDE, 2013).
Principalmente agora, com o grande número de casos de obesidade, a amamentação passa a ter uma importância maior, visto que a obesidade  tem sido motivo de muita preocupação para Saúde Pública (DAL BOSCO; CONDE, 2013).
O aconselhamento no pré-natal tem tido resultados positivos, estimulando o ato de amamentar. É interessante algum parente participar também, como por exemplo o marido e a mãe da gestante. Nesse momento é importante tirar dúvidas da gestante, explicar os benefícios que o bebê terá com a amamentação, e revelar que vários mitos nutricionais que rodeiam a mãe durante a gestação e após o nascimento da criança, podem trazer indesejáveis consequências futura na vida da criança. Preparar a gestante explicando que o ato de amamentar é um momento delicado, que gera medo e desgaste, podendo até mesmo ter uma certa dificuldade no início, mas que vale a pena um esforço para saúde. Relatar também, as desvantagens do uso do leite não materno (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

Conclusão

O nutricionista deve atuar no período gestacional dando orientações para as gestantes sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança, prevenindo assim uma obesidade na infância e na vida adulta, situação pela qual o país enfrenta muitos casos. Com isso, aumenta-se a expectativa de uma vida mais saudável para a criança, e menos morbidade, menos internações com doenças como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares nos adultos.

Referências 

ALBERNAZ E.; VICTORA CG. Impacto do aconselhamento face a face sobre a duração do aleitamento exclusivo: um estudo de revisão. Rev Salud Publica. 14 (1);  2003 

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Recebido – 15/7/2014    aprovado – 6/8/2014




Autores


Mestre em Clínica Odontológica.



Especialista em Nutrição Clínica.



Nutricionista.



Especialista em Políticas e Pesquisa em Saúde Coletiva- Especialista em Nutrição e Saúde- Mestranda em Saúde Coletiva.





Os autores estão em ordem alfabética.

Este artigo é um resumo. O artigo em sua íntegra pode ser encontrado na revista Nutrição em Pauta,
 ediçãoAgo/2014


Referência: PINTO OMRM, MENDONÇA EG, MELO MAV, CARMO WFSA. Papel do Nutricionista no Incentivo ao Aleitamento como Forma de Prevenção de Casos de Obesidade. Revista Nutrição em Pauta. Ano 22-número 127- agosto 2014-edição impressa; 36-41.

Site:http://www.nutricaoempauta.com.br/revistaeletronica.php